terça-feira, 25 de outubro de 2011

Chuva


Curioso.. Sempre que te cruzas comigo, é como se mais nada existisse por onde passo...
Mantenho-me à escuta, observo o teu mover. Ficam apenas nós e as gotas desta chuva que cai sem parar. Pingos que acabam por bailar nos nossos rostos. Pingos que se acabam por revelar mágicos. E é neste encanto que, te garanto, me apaixono sempre que te cruzas comigo.
Alguns dizem que és apenas miragem, saudade acumulada de cada segundo que estou sem ti. Não o creio e continuo a acreditar que és tu, ali, diante de mim.
O barulho da chuva que cai é inconfundível.. Acredito que recordo o som de cada gota. Esta brisa que me gela as mãos e os lábios.
Acredito que te olho e que o meu olhar te toca.
Acredito que és a alma perfeita para mim. Sempre o foste, desde o primeiro segundo que nos prendeu uma à outra de uma forma inexplicável.
Guardo no cair de cada gota o som de cada gargalhada, na sua cor o teu olhar. Mas é quando seguro uma pequena quantidade delas na palma das minhas mãos, que transparece cada momento que já vivemos juntas.
O seu deslizar nos meus lábios é como que um recordar de cada beijo trocado. Beijos que nunca esqueço, sabor que não troco por nenhum outro.
Chuva, oh chuva que cais, leva-me para junto dela, esta mulher que eu não canso de amar. Esta mulher que eu não me canso de querer só para mim.
Se é fruto da minha imaginação? Não, é bem real até.

Tu...

Tu não és uma gota de chuva e muito menos és um raio de sol. Nada disso se compara a ti.
És apenas mulher, como tantas outras.. És apenas a mulher que eu amo....

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