First love "..."


Tu que continuas no presente mesmo estando longe por opção. Tu que que pegaste nos meus sonhos mais secretos ao colo, aqueles que nem a mim própria gosto de revelar por serem demasiado dolorosos. Recortei a tua imagem dos mil pensamentos que guardo sobre ti, meia ofuscada agora com meses de ausência, sem a nitidez do passado feliz que vivemos, sem a intensidade que numa qualquer altura teve. Não há um dia que passe que não me venhas ao pensamento. Que não me faças rir ou chorar. Sempre que ouço aquela musica, que teimosamente surge quando menos espero. Ou então sempre que passo naquele sitio onde os nossos olhares se cruzaram a primeira vez. Aquele que uma vez trocaste e ainda nos fartamos de rir por conta do episódio. Tu que me ensinaste a cozinhar e te rendeste aos meus dotes culinários que, segundo tu, eram melhores que os teus. Mas não há nada que não passe, não há ninguém que seja insubstituível, simplesmente não há. E aquela música será a musica que aprendi a gostar, e aquele sítio vai ser sempre o caminho mais perto. E as cores que me mostraste, essas vão continuar sempre lá...
Ao contrário de ti, que saiste pela porta principal. Que voltaste mais que uma vez a beijar-me. Que me deixas confusa de cada vez que surges por insistires em não me demonstrar correctamente o tipo de amizade que procuras..
Tu, que num dia de revelações me deste a conhecer a saudade que me guardavas e a falta que eu te fazia. Tu que caminhaste de novo ao meu lado naquela praia, tu que me abraçaste forte naquele parque quando as lágrimas tomaram conta de mim perante as tuas palavras.
Tu, que como o mar que tanto gostas, vieste numa onda e foste noutra.
Tu... Que um dia me darás a entender porque terminou assim...
Tu... Que hoje eu deixei de chamar de amor..
Tu... Que eu vou querer sempre comigo e não da mesma forma que já quis!

Serás sempre tu...
Tu que tudo em mim quer enterrar, tu que tudo em mim agradece por existires.