terça-feira, 1 de novembro de 2011

Noites


A noite foi calma, mas muito antes de a noite ser calma, o teu corpo juntava-se ao meu. O teu medo natural do desconhecido fazia-te arrepiar, fazia com que me abraçasses e me apertasses os braços para que me chegasse para mais perto do ti. Querias que te protege-se, querias o meu corpo como escudo e eu fazia de tudo para que tivesses calma, para que não tivesses medo. E, cada vez que me levantava da cama para ir ver o que era, sentia-me confiante. Ficarias com o medo na mesma, mas estava tranquila porque as luzes estavam acesas e assim saberia que não terias medo de me ter ausente na cama. Fechei as portas para que o vento não entrasse e nos obrigasse a cobrir com o medo do frio de baixo dos cobertores.

Quando ouvias um pequeno barulho, mesmo que o meu coração ficasse com um certo medo, tentava explicar-te o que era esse som. De onde vinha, o que o causava. Meu amor, tem calma, os monstros não te irão fazer mal, porque sabem quem sou, sabem o que lhes faria se te tocassem com um dedo. És o meu tesouro e não deixarei que nada de mal te aconteça.
 
Adoro-te Isabel :)

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