domingo, 6 de maio de 2012

Maria

Maria, há uma mulher que tem algo de Deus, pela imensidade do seu amor, e muito de Anjo, pela incansável solicitude dos seus cuidados. Uma mulher que sendo jovem tem a reflexão de uma anciã e na velhice trabalha com o rigor da juventude. Uma mulher que se é ignorante descobre os segredos da vida com mais acerto que um sábio. Uma mulher que se é instruída se acomoda à simplicidade que pode conter o sorriso de uma criança. Uma mulher que sendo pobre se satisfaz com a felicidade daqueles que ama e sendo rica daria com gosto o seu maior tesouro para que em coração algum se sofra a dor da vida, da ingratidão. Uma mulher que sendo rigorosa treme com um gemido de uma pequenina e que sendo débil se assume às vezes na bravura de um leão. Uma mulher que enquanto vive não a sabemos estimar porque a seu lado todas as dores se esquecem, mas que depois de morta daríamos tudo o que somos e tudo o que temos para a ver de novo, um só instante, para receber dela uma só abraço, para escutar uma só palavra dos seus lábios.
Dessa mulher não me exijas o nome se não queres que cubra tuas memórias de lágrimas. Vi-a passar no meu caminho e logo não me permite perde-la. Uma mulher que num só beijo me leva para um mundo novo e que em tudo me coloca aquele meu maior sorriso.
Maria... A mamã está feliz. E tu não estás de fora. A mamã vai partilhar sempre tudo contigo.

Amo-te Bolacha...

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