Apaguei as luzes e fechei os estores.
Fiquei apenas eu, a escuridão, os pés descalços que percorreram todo o quarto.
Ficou apenas o cigarro aceso na minha mão e tu em cada lágrima que caiu no meu rosto...
Ficou a saudade que ainda se julga eterna.
Ficou o que falta viver.
Ficaste tu que estás por todo o lado e em tudo o que faço.
Ficou a vontade de rasgar mil folhas e de te dizer que não aguento mais.
Ficou a vida a preto e branco.
Ficou a raiva de não te poder ter. De não te poder olhar nos olhos e abraçar.
Ficou o ódio de te querer dizer que te amo e de te beijar de seguida.
Ficou tudo o que sinto e tudo o que sei que vou sentir para sempre.
Ficou a música que nunca parou de tocar, uma e outra vez.
Tenho-te comigo e acho, muito sinceramente, que nunca deixarei de te ter...
Como viver sem ti? Explicas-me? Eu não sei...
Não sei estar um só dia sem te querer perto de mim, sem imaginar que te posso tocar, sem querer a tua voz a toda a hora. Sem querer sentir o cheiro e o sabor do teu corpo...
Quero entrelaçar as nossas mãos....
E à medida que a música toca, este cigarro vai sendo substituído pelo próximo.
E as lágrimas teimam em não parar de cair.. O punho não pára de cerrar e os murros, pausados, no que me rodeiam, não terminam...
Tudo isto poderia não acontecer. Eu poderia poupar-me a esta dor, mas não consigo não o fazer...
Esta saudade doida consome-me o corpo, a mente... A alma.
Não sei, não sei mesmo, como não te ter comigo.
Porque se às vezes me dá vontade de partir para bem longe de tudo, noutras eu simplesmente não consigo perder um segundo de ti.
U are immortal... In me...
E ... TVB "..."
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