quinta-feira, 14 de julho de 2011
Aventuras
Estou parva com o tanto que me ri hoje... Não dava para aguentar e só saiam gargalhas estridentes de mim..
Posso dizer-vos que, em tantos anos de viagens, nunca tive nenhuma tão atribulada como a de hoje!
Dirijo-me ao guichet de forma a assegurar-me que estava tudo em ordem para a minha partida para Beja, logo levo com o cancelar da mesma. "Precisa-se de mais gente para encher um autocarro, o combustível a ser gasto não merece a viagem", foi o que ouvi e, sabendo que era para sair de Sete Rios às 10:30 da manhã, acabei por sair só as 11:45 (já com um atraso do famoso motorista. Sim, que em Lisboa não se cumprem horários de forma exemplar). Tiro o chapéu colocado ainda antes de sair de casa, coloco os phones e ajeito-me no assento.. Era desta!
Nem meia hora depois, uma fila de trânsito interminável à entrada da IP2.. nunca mais terminava...
À entrada de Portel, um acidente de viação envolvendo uns motards que iam para uma concentração no algarve (1 morto e 13 feridos). Continuamos e, antes de sair de Portel, um homem que decide não aguentar mais... Precisava de sair do autocarro. Situação de emergência que levou o motorista a olhar o rosto vermelho e as gotas que escorriam pela testa do homenzinho a desistir de perguntar se ele não aguentava aquilo que afinal não era urina.. Lá parámos nós, no Snack-Bar 31, durante uns bons 20 minutos.. (A apenas 2km da proxima garagem de expressos onde pararíamos).
À entrada da Vidigueira, que era suposto contornar, ainda por causa do acidente, o motorista enganou-se em dois cruzamentos..ainda por cima seguidos. Lembrei-me logo de quando me ralham por conduzir sem carta.. Mas eu não me enganaria..muito menos em cruzamentos seguidos!!!
Lá tivemos nós de entrar na Vidigueira, dar uma volta de quase meia hora dentro da localidade e seguir viagem...
E eu só me lembro de, a meio de tudo isto, eu, passageira do assento número 4 do autocarro 89, partido de Sete Rios, da linha 3, às 11:45, ouvir uma menina de três anos, farta de tantas questões que a avó ia a fazer dizer: "Tu sai da minha vida...só me fazes perguntas que não deves..o que tens tu a ver com a minha vida e a dos meus pais?"
Pareceu-me que a criançinha conseguiu meter a cusca da avó no lugar dela que já não se ouviu mais nada.
Juro... Se eu não me tivesse rido tanto com tudo isto, apresentava reclamação! :D
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