segunda-feira, 26 de setembro de 2011
O que sou eu?
Umas vezes…
Sou o brilho do meu olhar…
Sou o som do meu sorrir…
Sou cada batida sentida do meu coração…
Sou a sensação do meu sangue a correr-me nas veias…
Sou a força, o calor e a alegria do meu abraço…
Sou o carinho…
Sou cada sensação…
Cada vibração lançada pelo meu toque…
Sou a alegria…
A vontade de vencer
Sou bem alto…
Tão alto que quase tenho a sensação de abraçar o mundo…
Outras vezes…
Sou as lágrimas que caem do meu olhar…
Sou o silêncio do meu sorrir…
Sou batida lenta e fraca que quase que nem se sente cá dentro…
Sou o abismo…
O completo vazio que quase não sente…
Sou alguém perdido, sem rumo…
Por ultimo chego até a ser um misto dos dois…
As vezes sorridente, outras inundada em lágrimas…
As vezes a sentir outra simplesmente estática, apática perante tudo o que me rodeia…
Por vezes quase que sinto tudo a mover cá dentro, mas de repente o chão me foge e só encontro o abismo…
Há alturas em que me sinto grande, outras que me sinto tão pequenina, tão desprotegida que apenas quero o meu cantinho…
Há alturas em que a minha mente entra em conflito com o meu coração e aí surge a revolta…
Uma revolta que agonia, sufoca…
Por vezes acredito que tudo melhora, outras, caio no chão e nada parece valer a pena…
Sei que acreditar, querer, sentir, deixar as nossas emoções fluírem, acreditar que vale a pena é aquilo que nos move, nos faz viver mas, as vezes, dou por mim a esquecer isso tudo…
Simplesmente fico aqui congelada, quase sem sentir…
Dou por mim a não querer deixar o meu coração sentir, dou por mim a não acreditar que vale a pena sentir…
Dou por mim a querer que a minha cabeça mande mais que o meu coração…
Sei que não está correcto, tem que haver equilíbrio entre os dois… mas equilíbrio é o que neste momento não tenho…
Neste desespero solto o grito, o grito silencioso da revolta que ninguém ouve, que ninguém vê…
Preciso de agir… preciso de sentir… preciso levantar e daqui sair…
Sair bem depressa porque tudo isto me enfraquece…
Afinal de contas o que sou eu?
Sou alguém humano que sorri, chora, um ser humano que sente…
Sou alguém confuso, por vezes, como milhares de outros seres…
Sou aquilo que vês, aquilo que sentes…
Sou pouco, talvez, mas o pouco que sou SOU EU…
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Sei o que é sentir assim, sei como por vezes é complicado ser EU e principalmente a incapacidade de fazer que a cabeça mande mais que o coração. Gostei de te ler. Porque me revi em muito do que aqui deixaste.
ResponderEliminarSerás sempre como eu....
ResponderEliminarLeias as vezes que leres!
Um beijo...Grande!