Formiguita

Escrevo-te mais uma vez, ainda sem me aperceber da forma como o tempo passa. Fico presa a momentos que eu não consigo medir. Fico presa a sentimentos que ainda hoje não sei explicar.
Será que alguma vez serei capaz de o fazer?
Receio tentar descrever tudo isto que sinto, por saber que as palavras são tão banais e que cada um as sente de distintas formas, ao lê-las. E, aquilo que sinto por ti, jamais será alcançado por aqueles que o tentam entender.
A dimensão deste amor ultrapassa a quarta dimensão, a que muitos desperta curiosidades, sonhos e loucuras.
O amor deixa de ser algo atingível a partir do momento em que alguém quebra as suas fronteiras.
O amor é bem mais do que pensamos. É muito mais do que uma forma de estar ou de sentir a vida. É muito mais do que uma promessa, uma cumplicidade, um afecto, um olhar ou um beijo.
O amor perde toda a sua essência a partir do momento em que alguém tenta conhecê-lo.
Eu não conheço o amor! Quero apenas vir a encontrá-lo todos os dias das nossas vidas.
Sei que também existem forças inimagináveis que nos transcedem. Sei que o amor é uma dessas forças.
Não sabemos nem nunca saberemos como explicá-lo. Apenas o sentimos à nossa maneira. Encontrar o amor foi a melhor coisa que até hoje me aconteceu.
Obrigada por me teres feito acreditar que ele existe.
Obrigada por seres a minha alma gémea e, a cada dia, seres a única a conseguir alcançar o meu coração.

Tanto tempo e ainda tão pouco daquilo que cabe numa eternidade!
Amar-te-ei para todo o sempre... O nosso sempre!