terça-feira, 1 de novembro de 2011

Tu



"És delicada.
Tão delicada como as borboletas que pousam no meu joelho, na minha mão direita, no meu ombro nu. És delicada como as flores que vejo nos jardins e apetece-me arranca-las e leva-las para casa. Mas não o faço porque morreriam em dias. Tocam-me as borboletas, beijam-me o corpo descoberto. Pousam nas flores com as suas patas bem pequeninas. Fixam-se na minha barriga e voam como se não tivessem para onde ir, desesperam, sentem a falta de ar, a falta do verde, da liberdade. É isso que sinto quando não te tenho ao meu lado. É isso que sinto quando me apercebo que não sonhei contigo."

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